logotipo do portal de laborat�rios virtuais de processos qu�micos
-->
19 Abril 2024

Aplicações e Casos de Estudo

| Imprimir |

SEPARAÇÃO DE FENOL POR ADSORÇÃO NUMA RESINA COMERCIAL DO TIPO DUOLITE

 

 

1 - Apresentação do problema

Os compostos fenólicos são poluentes orgânicos que aparecem nos efluentes de muitas indústrias químicas. Os processos de adsorção usando adsorventes sintéticos constituem uma alternativa interessante para o tratamento destes efluentes.

Com este caso de estudo pretende-se estudar a cinética de adsorção de fenol em adsorvedores contínuos –(“CSTR”) e descontínuos (“batch”), bem como a dinâmica da operação em leito fixo utilizando como adsorvente sintético a resina comercial do tipo “Duolite ES-861”.

Admite-se que os mecanismos difusionais dentro das partículas podem ser descritos com o modelo de difusão nos poros (MDP) e que a resistência à transferência de massa no filme é desprezável nos casos da adsorção em CSTR e “batch”. A operação em leito fixo deve incluir os mecanismos de transporte do soluto na fase intersticial, segundo um modelo do tipo “pistão difusional”, e na fase intraparticular. Considera-se como válida a isotérmica de Langmuir para descrever o equilíbrio instantâneo entre a concentração adsorvida q e a concentração do soluto nos macroporos da resina Cp.

 

1.1 - Dados de entrada


  • Parâmetros da isotérmica de equilíbrio

- KL = 4.60x10-3 L.mg-1

- qmax = 63.60 mg.g-1

 

  • Propriedades físicas da resina

- Porosidade intraparticular seca, εp = 0.44

- Porosidade intraparticular húmida = 0.72

- Massa específica aparente, ρap = 537 g.L-1

- Massa específica húmida, ρh = 1020 g.L-1

- Razão massa adsorvente seco / massa adsorvente húmido, FH = 0.28

- Raio da partícula, R = 0.0235 cm

 

  • CSTR

- Concentração de alimentação CE = 96.3 mg.L-1

- Caudal volumétrico, Q = 108.7 cm3.min-1

- Tempo de residência, τ = 3.94 min

- Factor de capacidade,  Formula

- Razão entre a constante de tempo de difusão nos poros τpp = Rp2pDP, em que Dp é o coeficiente de difusão nos poros) e o tempo de residência τ, β = τp/τ= 0.15

 

  • Batch

- Concentração inicial no adsorvedor batch, Co = 96.3 mg.L-1

- Constante de tempo de difusão nos poros τp = 1.38 min

 

  • Leito Fixo

- Concentração de alimentação à coluna de leito fixo, CE = 99.0 mg.L-1

- Caudal de alimentação, Q = 257 cm3.min-1

- Tempo de residência,? τ = 0 9 min

- Diâmetro da coluna, d = 9 cm

- Altura do leito, L = 87 cm

- Número de unidades de transferência de massa intraparticular, Formula

- Número de unidade de transferência no filme, Formula

- Número de Peclet, Formula

 

 

2 - Apresentação e discussão de resultados

As Figuras 1, 2 e 3 mostram os resultados obtidos nas simulações, respectivamente, para a adsorção em adsorvedor do tipo “CSTR”, do tipo “batch” e em coluna de leito fixo. Nas Figuras 1a, 2a e 3a estão representados os valores experimentais e simulados da evolução da concentração do soluto na solução durante o processo de adsorção. Da análise às Figuras pode-se constatar que os modelos usados representam bem os resultados experimentais. A concentração final do soluto, após a saturação do adsorvente, corresponde à concentração de entrada no caso da adsorção contínua em CSTR ou em coluna, enquanto que no caso da adsorção descontínua (batch) a concentração final, C, é obviamente menor que a concentração inicial, Co, e pode ser calculada através de um balanço material global:

Formula

As Figuras 1b-c e 2b-c mostram os perfis radiais de concentração nas partículas, simuladas com o modelo de difusão nos poros, para a adsorção em CSTR e em sistema batch. Observa-se uma saturação gradual das partículas de adsorvente devido à resistência à transferência de massa intraparticular. Nas Figuras 3b e 3c estão representados os perfis axiais de concentração na fase intersticial para a adsorção em leito fixo, cuja evolução relacionada com a propagação de ondas dispersivas no leito está de acordo com aquilo que seria expectável para sistemas descritos por uma isotérmica de adsorção favorável.

 

2.1 - Adsorção contínua no adsorvedor do tipo CSTR

Evolução da concentração normalizada do soluto no adsorvedor do tipo “CSTR”
Figura 1a – Evolução da concentração normalizada do soluto no adsorvedor do tipo “CSTR”.

Evolução de perfis radiais de concentração na partícula, a duas dimensões, no adsorvedor do tipo “CSTR”
Figura 1b – Evolução de perfis radiais de concentração na partícula, a duas dimensões, no adsorvedor do tipo “CSTR”.

Evolução de perfis radiais de concentração na partícula, a três dimensões, no adsorvedor do tipo “CSTR”
Figura 1c – Evolução de perfis radiais de concentração na partícula, a três dimensões, no adsorvedor do tipo “CSTR”.

 

2.2 – Adsorção descontínua no adsorvedor do tipo “batch” 

Evolução da concentração normalizada do soluto no adsorvedor do tipo “batch”
Figura 2a – Evolução da concentração normalizada do soluto no adsorvedor do tipo “batch”. 

Evolução de perfis radiais de concentração na partícula, a duas dimensões, no adsorvedor do tipo “batch”
Figura 2b – Evolução de perfis radiais de concentração na partícula, a duas dimensões, no adsorvedor do tipo “batch”.

Evolução de perfis radiais de concentração na partícula, a três dimensões, no adsorvedor do tipo “batch”
Figura 2c – Evolução de perfis radiais de concentração na partícula, a três dimensões, no adsorvedor do tipo “batch”.

 

2.3 – Adsorção contínua em coluna de leito fixo

Evolução da concentração normalizada do soluto à saída da coluna de leito fixo
Figura 3a – Evolução da concentração normalizada do soluto à saída da coluna de leito fixo.

Evolução de perfis axiais de concentração no fluido intersticial, a duas dimensões, na adsorção em coluna de leito fixo
Figura 3b – Evolução de perfis axiais de concentração no fluido intersticial, a duas dimensões, na adsorção em coluna de leito fixo.

Evolução de perfis axiais de concentração no fluido intersticial, a três dimensões, na adsorção em coluna de leito fixo
Figura 3c – Evolução de perfis axiais de concentração no fluido intersticial, a três dimensões, na adsorção em coluna de leito fixo.

  

 

Nomenclatura

C = concentração do soluto

d = diâmetro da coluna

Dax = coeficiente de dispersão axial

Dp = coeficiente de difusão nos poros

 KL = parâmetro da isotérmica de equilíbrio

kf = coeficiente de transferência de massa no filme

L = altura de leito

ND  = Número de unidades de transferência de massa intraparticular

Nf = Número de unidade de transferência no filme

Q = caudal volumétrico

q = concentração do soluto adsorvido

qmax = parâmetro da isotérmica de equilíbrio

R = raio da partícula

u = velocidade superficial

V = Volume

 

SÍMBOLOS GREGOS

εp = porosidade intraparticular

ε = porosidade interparticular

ρap = massa específica aparente

ρh = massa específica húmida

τ = tempo de residência

ξ = factor de capacidade

tρ = constante de tempo de difusão nos poros

 

logotipo do departamento de engenharia qu�mica da Universidade de Coimbra logotipo do departamento de engenharia qu�mica da Universidade do Porto logotipo do PosC logotipo do Feder
logotipo da mediaprimer
Compatível com IE6 e Firefox v 2.0 @ Copyright 2007
Concepção e Desenvolvimento: mediaprimer.pt
logotipo da acessibilidadeD
Engenharia química ambiente sistemas biologicos nanotecnologias formacao saidas profissionais ensino secundario