A Biotecnologia não é uma pura actividade académica ou a extensão de uma actividade experimental inovadora ou, muito menos ainda, uma espécie de cruzada social de luta pela sobrevivência; pelo contrário, é uma actividade empresarial que tem de vender produtos ou serviços e gerar lucros. Um largo espectro de especialidades químicas, antibióticos, enzimas, drogas terapêuticas, aditivos para a indústria alimentar e cosmética, por exemplo, são actualmente produzidos em escala comercial. A crescente pressão para o uso de “produtos naturais” e, sobretudo, as grandes questões que têm a ver com o desenvolvimento sustentável (exaustão de matérias e energia fósseis, a acentuada degradação ambiental, aquecimento global, …) fazem dos processos biotecnológicos uma alternativa aos processos tradicionais e farão aumentar significativamente no futuro as oportunidades de negócios.
É certo que as bioindústrias não atingiram ainda a maturação da indústria química e na competição entre processos alternativos os custos de produção, relativamente elevados nos bioprocessos, são um factor determinante nas tomadas de decisão. Contudo, os bioprocessos são economicamente competitivos num número rapidamente crescente de indústrias, com a vantagem de melhor responderem aos desafios ambientais globais.
Aspecto geral de uma unidade de produção de polihydroxialcanoato por fermentação sob alta pressão (by courtesy of Bioengineering AG, Switzerland).